domingo, 3 de março de 2013

Yoga Vivo

Yamas e Niyamas



Hoje em dia muita coisa é banalizada, coisas que tem um "timing" diferente acabam se perdendo pelo caminho. O que era para ser mais vivido internamente acaba ficando superficial e a essência acaba ficando pelo caminho ou se perdendo.


Uma pergunta que ouço muito de várias pessoas, não só de meus alunos é "yoga é religião?"... ou "yoga é filosofia?". Se buscarmos na internet, em livros e em diversas fontes encontraremos respostas muito dispares, ou até mesmo respostas que acharemos sermos semelhantes.


Não entrarei agora em definições, traduções e transliterações do que significa a palavra yoga. Daqui a alguns dias entraremos em uma nova estação do ano, no outono, que nos convida à introspecção, a olharmos mais para dentro de nós mesmos, talvez até por isso, depois de tanto tempo eu me senti voltando para muitas coisas, muitos planos dentro de mim mesma. Voltando inclusive para "casa".


Yoga é religião? é filosofia? Posso praticar yoga só como uma ginástica, sem me aprofundar? Pedro Kpfer disse que  o yoga não era como um interruptor que poderia ser ligado e desligado - creio que foi uma sacada muito grande de como podemos começar a olhar para, através do yoga e de nós mesmos. O yoga é uma filosofia de vida, é algo que você faz porque você quer fazer, não porque simplesmente quer ficar bonito ou bonita, quer emagrecer, acalmar-se... ou outro motivo qualquer! É algo visceral, integral, mas que exige muita dedicação e auto-observação.


Nós os ocidentais, temos a religião cristã com uma certa dominância, ou ao menos quase todos já ouvimos falar nos dez mandamentos do catolicismo. Eu costumo dizer "os nãos", pois os dez mandamentos nos dizem o que não devemos fazer. Já os Yamas e Niyamas possuem "os nãos" e "os sims". Eles foram descritos por Patãnjali, no Yoga Sutra, e correspondem à moral e a ética. Os yamas estão mais relacionados com a moral sadia. Yamas, em sânscrito, significa morte, ou seja, devemos deixar morrer determinadas coisas dentro de nós mesmos, para que coisas melhores brotem, renasçam numa consciência maior. Niyamas, são aspectos internos, subjetivos, que precisam ser cultivados para que uma consciência maior aflore em nós!


Condutas externas e internas devem estar alinhadas, devemos estar inteiros e verdadeiros, o que fazemos deve estar em sintonia com o que pensamos, o exterior deve refletir nosso interior, assim nos tornamos mais próximos de um yoga vivo através de nós mesmos! 


Yamas:


Ahimsa - não violência

Satya - não mentir

Asteya - não roubar

Brahmacharya - não dissipação da sexualidade

Aparigraha - não possessividade


Viram porque chamo de os "nãos"?  São princípios, condutas internas, visando a integridade do "eu".



Niyamas:


Saucha: pureza

Santosha: contentamento

Tapas: auto-esforço

Svadyaya: auto-estudo

Isvhuara pranidhana: entrega ao absoluto




Om Shanti!















sexta-feira, 1 de março de 2013

O Fluir da Vida


Um encontro consigo mesmo e com o universo. 




A vida se renova, um novo ciclo se inicia...

A vida da gente é feita de idas e vindas, e de repente senti vontade de buscar alguma coisa... dentro, fora, avesso... direito... não sei ao certo ainda, mas como Raul Seixas já dizia: eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Minha vida sempre foi pontuada por mudanças - aliás, pontuada por reticências... sempre com algo no ar, inacabado, ainda fluindo com a vida. Mudança é a constância da minha vida!
O ser humano tem sempre uma relutância em não fixar-se, tem medo das mudanças, medo das incertezas, do incerto, do salto no escuro. Eu tenho medo de um dia não querer mais correr como o rio que sempre vai dar no mar... ah o mar!
Vocês devem estar se perguntando aonde quero chegar, mas nem mesma eu sei. Me preocupo com a estrada, com os caminhos, de como eu vou chegar, mas não sei ao certo aonde irei chegar.



Namastê!